Veterano do Exército dos EUA é obrigado a se autodeportar para a Coreia do Sul após do governo Trump
Saída foi motivada pela política de imigração implementada durante o governo Trump, que afetou diretamente sua situação
- Por da Redação
- Por Jovem Pan

Sae Joon Park, um veterano do Exército dos Estados Unidos, decidiu retornar à Coreia do Sul após quase cinco décadas vivendo nos EUA com um green card. Sua saída foi motivada pela política de imigração implementada durante o governo Trump, que afetou diretamente sua situação. Park, que recebeu condecorações por seu serviço militar, enfrentou desafios relacionados à dependência química, resultado de um transtorno pós-traumático. Em 2009, Park foi preso por tentativa de compra de drogas, um incidente que impactou negativamente sua busca pela cidadania americana. A notificação do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) sobre sua deportação foi o ponto decisivo que o levou a tomar a difícil decisão de deixar o país. Ele se despediu de seus filhos e de sua mãe, que tem 85 anos, antes de retornar à sua terra natal.
O governo Trump justificou a deportação de Park com base em suas condenações anteriores, alegando que ele não possuía fundamentos legais para continuar residindo nos Estados Unidos. Apesar de sua gratidão por ter servido nas Forças Armadas, Park considerou a forma como foi tratado pelo ICE como injusta. Sua história destaca as complexidades enfrentadas por imigrantes e veteranos que se encontram em situações vulneráveis. A experiência de Park ilustra os desafios que muitos veteranos enfrentam, especialmente aqueles que lidam com problemas de saúde mental e dependência. A deportação de indivíduos que dedicaram suas vidas ao serviço militar levanta questões sobre a política de imigração e o tratamento de ex-militares nos Estados Unidos.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Governador da Califórnia apresenta ação milionária por difamação contra emissora norte-americana
Gavin Newsom acusa a Fow News de distorcer detalhes de um telefonema entre ele e o presidente americano, Donald Trump
- Por Jovem Pan

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, entrou com uma ação de US$ 787 milhões (R$ 4,3 bilhões) contra a Fox News, nesta sexta-feira (27), acusando a emissora de distorcer detalhes de um telefonema entre ele e o presidente americano, Donald Trump, no começo do mês. “Chega de mentiras”, protestou no X o governador democrata, que lidera a oposição contra o governo do presidente republicano.
Newsom apresentou a ação nesta sexta-feira (27) em um tribunal de Delaware, onde a emissora de televisão Fox News está registrada. Segundo a ação, Newsom e Trump teriam conversado por telefone no começo de junho, mas não teriam abordado a onda de protestos contra as operações migratórias promovidas por Washington e que sacudiam Los Angeles na ocasião. Em 7 de junho, poucas horas depois do telefonema, o presidente americano ordenou o envio da Guarda Nacional para a cidade.
Trump disse em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, em 10 de junho, quando enviou um contingente adicional de 700 marines ao estado, que tinha conversado com Newsom “há um dia”, declaração que o governador refutou nas redes sociais. Jesse Watters, apresentador da Fox News, assegurou que o governador mentiu ao negar o telefonema.
Outro jornalista da Fox, John Roberts, disse que o presidente Trump lhe enviou seu registro de chamadas para provar que Newsom mentia, mas na captura de tela a informação era de um telefonema na madrugada de 7 de junho. “7 de junho à 1h23 não é ‘há um dia’, quando você está falando em 10 de junho”, destacaram os advogados de Newsom.
Segundo a ação judicial, o político afirma que a Fox News agiu com “malícia”. “Ao invés de deixar as coisas assim ou simplesmente informar os fatos, a Fox News escolheu difamar o governador Newsom, tachando-o de mentiroso”, diz a ação. “Ao reconhecer que o presidente Trump não estava certo, mas mesmo assim querendo ganhar o favorecimento do presidente, a Fox News distorceu os fatos deliberadamente”, acrescenta.
Além da compensação econômica de 787 milhões de dólares, Newsom pediu que a corte proíba a emissora de televisão de reproduzir informações falsas sobre a conversa. A cifra é quase idêntica à que a Fox e suas associadas aceitaram pagar em 2023 para encerrar um processo por difamação com a empresa de tecnologia eleitoral Dominion Voting Systems, depois que a rede afirmou que suas máquinas influenciaram no resultado das eleições presidenciais de 2020 em detrimento de Trump. “Se a Fox News quer mentir aos americanos em nome de Donald Trump, deveria enfrentar as consequências, assim como fez no caso da Dominion”, disse Newsom em um comunicado.
Seus advogados enviaram uma carta à Fox News para informar a emissora que caso esta se retrate da informação transmitida e emita um pedido público de desculpas, Newsom desistiria da ação.
A Fox News qualificou o processo de uma “manobra publicitária”. A emissora acrescentou que a ação legal “é leviana e está desenhada para restringir a liberdade de expressão que o critica”.